quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A Vida na Porta da Geladeira

Há alguns anos, na Bienal do Livro do Rio, me deparei com um título que me chamou a atenção. A Vida na Porta da Geladeira. Eu nunca tinha ouvido falar na escritora e a capa nem era tão poderosa, mas a sinopse me fez sentar no estande para folhear algumas páginas.

Publicação de estreia da britânica Alice Kuipers, A Vida... conta a história de Claire e sua mãe, em uma trajetória extremamente real. O diferencial está no formato: se utiliza de um costume, deixar bilhetes, para construir a relação da adolescente com a ocupada figura materna. São apenas eles que lemos, esses pequenos pedaços de conversas e acontecimentos presos - onde mais? - na porta da geladeira da casa. Um modelo muito semelhante ao que Meg Cabot usa em uma de suas séries - que inclui a minha obra favorita dela, Todo Garoto Tem -, com e-mails, recados e até mensagens de voz transcritas.


Os textos de tamanhos adequados (o quanto você pode escrever em uma notinha na geladeira, certo?) e a linguagem simples (afinal, é um livro para jovens) tornam a leitura agradável. Quando descobri o livro, meu dinheiro para a Bienal já tinha acabado, mas me certifiquei, em casa, de achar uma versão online dele, qualquer coisa que me levasse até a história que estava aflita para terminar. Acabei em poucas horas, coloquei seu nome na minha lista de presentes e hoje ele faz parte da coleção na minha estante.

A narrativa da Alice é fácil, gostosa, ainda que tenha suas falhas. Os apaixonados por leitura encontram nesse tipo de escrita um "gostinho de quero mais", a vontade de adentrar na vida dos personagens, e com A Vida na Porta da Geladeira não seria diferente. Os rumos da trama são instigantes, divertidos, emocionantes. Uma pena que nunca mais encontrei outro livro da autora perdido por aí...

H.

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