terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Livro e filme: Antes de Dormir

3 anos atrás, vi um livro com uma capa interessante, mas nem li a sinopse direito. Uma semana depois, uma amiga comentou como havia adorado a história e me convenceu a comprar. Daqui a alguns dias, no dia 22, a adaptação dessa obra finalmente chega aos cinemas. E para entender bem a minha admiração, é preciso dizer que Antes de Dormir foge totalmente do chick-lit, minha vertente literária preferida.
antes de dormir livro
O conceito inicial é meio Como se Fosse a Primeira Vez, do Adam Sandler e da Drew Barrymore, só que de uma maneira mais séria e intensa. Nele, Christine sofre um acidente misterioso e começa a sofrer de amnésia. Ela perde a memória toda vez que vai dormir, e acorda sem saber onde está ou quem é o homem ao seu lado - Ben, seu marido. Todas as manhãs, ele a informa sobre sua condição, sem muitos detalhes. O que ele - e ela também - não sabe é que Christine vem se consultando com um médico, que a aconselha a escrever um diário para ajudar na recuperação da memória.

Desde que li Antes de Dormir, não pude deixar de pensar como ele se daria bem nas telonas. Esta semana, tive a chance de assistir esse desejo se concretizar. Vi os momentos de tensão das páginas se materializarem em cenas interpretadas nada menos do que por Nicole Kidman e Colin Firth, em uma parceria incrível. Se o elenco não for suficiente, o enredo dramático regado com uma desconfiança constante - tanto vinda da protagonista como do público - é um perfeito motivo para conquistar leitores e não leitores.


"Não confie em Ben", Christine escreve na frente de seu diário. Mas como confiar em si mesma se nem se lembra de ter escrito nada? Ou como desacreditar totalmente no personagem de Colin na versão cinematográfica - o mesmo Colin apaixonante em Bridget Jones e Simplesmente Amor? Livro e filme mostram uma vida de repetições em que é preciso desconfiar de tudo e todos. E provavelmente nada é o que você pensa.

Mesmo com suas falhas, nas duas versões, a história é uma das mais sensacionais com que tive contato. Uma leitura fácil e que não causa arrependimentos, ao mesmo tempo em que um longa bem adaptado, de surpresas e um suspense marcante. Para ver ou para ler, a aposta vale.

H.

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