Os Béliers são uma família normal, mas com uma diferenciação: os pais, Rodolphe e Gigi, e o filho, Quentin, são surdo-mudos, enquanto a filha mais velha, Paula, é a única que fala e ouve, servindo de intérprete para os outros três. A história se passa em uma cidadezinha da França e gira em torno da descoberta do talento de Paula - cantar - e os desafios de viver com esse dom em meio a pessoas que não o compreendem.
É interessante perceber como a surdez não é realmente retratada como uma deficiência no longa. É uma comédia, e não há moralismos nem pretensões por trás das escolhas dos roteiristas e do diretor: a família é como qualquer outra, tem desejos, sonhos e seus defeitos. Os personagens não são vitimizados ou endeusados, mas vistos por suas personalidades, possam eles falar ou não. A mudez poderia ser trocada por qualquer outra dificuldade e, com algumas adaptações, a ideia permaneceria a mesma.
De início, o filme não empolga muito - talvez por nossos olhos acostumados com obras de Hollywood - porém, no decorrer, podemos ver do que ele se trata: uma mensagem para todos os pais. Apesar dos clichês, lágrimas caíram dos nossos olhos, mesmo já sabendo o que aconteceria. Nossas cenas preferidas são as das apresentações de Paula. Uma causa certa agonia em quem assiste - sendo muito maior na sala de cinema -, e a outra emociona.
A dica vale por ser um filme leve e, ao mesmo tempo, profundo. Por outro lado, capaz de proporcionar risadas.
Nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário