Semana passada, saindo do aeroporto de Congonhas em direção a Santos, vi diversos banners dos livros A Menina do Vale, de Bel Pesce, em pontos de ônibus espalhados por São Paulo. Pensei comigo mesma: porque não fazer um post falando sobre eles? Principalmente agora, que terminei de ler o segundo e que a publicidade deles está pelas ruas.
Conheci a Bel através de um vídeo de uma palestra dada no colégio e curso pré-vestibular Etapa, onde ela mesma estudou. Na época, divulgaram no grupo do pessoal da minha idade, interessados nos grandes vestibulares: todos estavam se formando e quem não passasse direto na faculdade, iria para o cursinho. A palestra foi um incentivo e tanto, a vida da Bel era uma grande história. No dia seguinte, fui correndo comprar o livro A Menina do Vale, que estava lançando na época.
Como o vídeo tem uma hora e vinte, acredito que muitos não terão a paciência de assisti-lo, então farei um resumo, já que ela também não conta sua história nos livros, apenas breves comentários. Bel estava em seu terceiro ano do Ensino Médio e estudava muito, fazia o curso específico para o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) - um dos processos seletivos mais difíceis do Brasil -, era o seu grande sonho. Vendo o ótimo desempenho da aluna nos simulados, o coordenador do colégio conversou com ela "Se você está indo tão bem, porque não tentar algo maior?", e apresentou-lhe o MIT (Massachusetts Institute of Technology), um dos líderes mundias em ciência, engenharia e tecnologia.
Encantada pela hipótese, Bel descobriu, durante uma pesquisa, que o prazo para fazer a prova para o MIT havia encerrado. Além da prova, o aluno também deveria ser entrevistado por um ex-aluno do instituto que morasse no Brasil. Você pensaria nesse momento: ok, não dá mais, volte à sua ideia inicial, que era o ITA. Pois bem, Isabel descobriu um italiano que tinha cursado no MIT e correu para a casa dele com uma caixa de papelão contendo tudo que pudesse significar algo da vida dela. Foi bem recebida, porém, com honestidade lhe foi falado que dificilmente conseguiria, já que o prazo tinha acabado. Mais uma vez se arriscou, foi até a porta da prova e não saiu de lá até o inicio da mesma: ela só precisava que uma pessoa faltasse para ter a sua oportunidade, já que as provas vinham contadas dos Estados Unidos. E foi o que aconteceu. Bel não só conseguiu fazer a prova, como passou. Todos os anos era comum passar um estudante de cada país estrangeiro: nesse ano, passaram Bel e mais um brasileiro, da mesma turma na escola. Aos 17 anos, era a nova estudante do MIT e moradora do Vale do Silício.
Já no Vale, trabalhou na Google, Microsoft e Citibank. Além de start-ups em processos de criação.
Lançou o livro A Menina do Vale online, e o sucesso foi tão grande que a versão física veio logo após.
Voltando para o Brasil, lançou mais um livro, o Procuram-se Super-Heróis e abriu uma escola de empreendedorismo, ou "escola de sonhos" como ela mesma gosta de chamar, a FazInova. Ao lançar o A Menina do Vale 2, fez uma tour pelo Brasil, passando por todas (todas mesmo!) capitais do país palestrando. Palestra que eu tive a oportunidade de ir - e arrastei a Helena.
Falando sobre os livros, eles são leves. Li o primeiro - apesar de maior do que o segundo - em uma noite. Contém dicas de empreendedorismo que, na verdade, servem para a vida. Como "Compartilhe as suas dificuldades" e "Seja sempre humilde" no primeiro e "Tenha uma mente aberta" e "Confie em si mesmo" no segundo. Até mesmo aquelas que parecem ser mais profissionais, como "O poder do networking" e "O valor do feedback", podem ser aproveitadas por aqueles que não desejam viver como empreendedores.
Através de exemplos de sua própria vida ou pessoas as quais conhece a história, Bel mostra como é sempre possível e como fatores básicos ajudam na formação de um bom empreendedor e de uma pessoa com vida plena. O título do prefácio contido no primeiro volume resume bem o que os livros perpassam: "Realidade que inspira".
B.
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